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As 3 Fases da escola

  • João Victor de Lira
  • 31 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

A Bauhaus, em sua breve existência, pode ser dividida em três fases, a partir de acontecimentos que marcam a sua história, os quais também foram influenciados pelas ideologias políticas e pela mudança de localidade de sua sede.

Fonte: http://www.kirschen-pfluecken.com/post/87200284702/this-is-is-a-thing-we-wanted-to-do-for-a-long-time

As fases se dividem pelos períodos de fundação, consolidação e desintegração e representam os que os nomes já indicam. A fase de fundação, iniciada com a junção da Escola de Artes e Ofícios de Weimar e a Academia de arte de Weimar, se fixou exatamente nessa cidade, centro cultural da Alemanha na época; seus trabalhos eram intensamente visionários e marcados por características de expressionismo, com um ideal utópico de criar uma nova sociedade espiritual após a primeira guerra, unindo artistas e artesãos.

Desde o início da escola, a relação com o governo era marcada por tensões, intensificando quando um regime ainda mais conservador chegou ao poder e impôs condições consideradas inaceitáveis. Sendo assim, o diretor, Walter Gropius, mestre e alunos decidiram deixar a instituição frente às exigências descabidas, o que fez com que fosse negociada a mudança da Bauhaus para a cidade de Dessau. Lá, foi construída um prédio próprio para desenvolver as atividades. Possuindo mais liberdade em seu novo endereço, a escola pôde buscar o seu estilo, através de projetos inovadores para época que buscavam a simplicidade funcional com formas simples e geométricas, como o primeiro móvel de metal. Nessa segunda fase, dá-se ainda mais atenção à funcionalidade do objeto - quando Hannes Meyer assume a diretoria no lugar de Gropius, em 1928 – proporcionado uma consolidação maior da influencia dos pensamentos da Bauhaus através da integração com a indústria. Certamente, se ela tivesse permanecido em Weimar, atendendo às exigências políticas, o estilo teria sido completamente alterado, ou talvez nem tivesse sido fomentando.

Aqui, já se pode perceber características que definem bem essas duas fases: em Weimar, a posição da instituição voltava-se para o artístico-artesanal, e em Dessau, assumia um contexto técnico-industrial. Isso acontece, provavelmente, pela influência das belas artes no primeiro período, referente às escolas que compunham a Bauhaus e pelo desejo de transforma a realidade social pós-guerra. Já com o crescimento do mercado, tem-se uma preocupação maior em atender às necessidades do que era considerado mais produto do que arte.

Por fim, tem-se a fase de desintegração, quando o que estava fundamentado começa a se desintegrar. A sociedade do então município em que estava localizada começa a fazer críticas aos projetos desenvolvidos pelo artistas e artesãos, os quais buscavam uma arte democrática, aonde a população pudesse participar. Contudo, essa ideia não agradava a maioria, e, sendo municipal, a Bauhaus dependia financeiramente de Dessau, que passava por dificuldades, assim como todo o país. Dessa forma, pela pressão desses fatores, a linha de pensamento passou para o construtivismo e racionalismo, dificultando o enlaçamento da criatividade e do produto físico.

Cada vez mais críticas foram surgindo, prejudicando a existência da escola, e Mies Van der Rohe assume a diretoria no lugar do Meyer, em um perído de crise financeira. Enfraquecida, a influente Bauhaus se muda para um galpão desocupado em Berlim, aonde não passa mais que um ano, tendo o seu fim, em julho de 1933.

 
 
 

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